Marina tem 37 anos de idade, é solteira e trabalha na companhia “X” há cinco anos. Selecionada como digitadora da seção de cobrança de títulos, cargo que ocupou por dois anos e meio. Como se evidenciara excelente digitadora, apresentando sempre um trabalho de ótima qualidade e feito com grande rapidez, tão logo vagou o lugar imediatamente superior ao seu, foi promovida a ele por merecimento. Inesperadamente, a responsável pelo setor de digitação foi acometida de esgotamento nervoso e, por ordens médicas, foi obrigada a se afastar do trabalho. Naquele momento, o responsável pela área viu-se obrigado a substituir sua chefe doente – sem pensar duas vezes, propôs ao departamento de recursos humanos que promovesse Marina. Quando comunicada sobre o fato, a recém promovida Marina mostrou significativa insegurança diante das novas responsabilidades. Depois de seis meses em seu novo posto, as coisas não corriam tão bem como se esperava. Eram constantes as reclamações de seus subordinados sobre a inabilidade e tratar o pessoal. Os demais setores que dependiam do trabalho de digitação também se queixavam de que o serviço não só era de má qualidade, como também estava sempre em atraso. Chamada para uma entrevista, Marina contou que antes de trabalhar nessa empresa sempre havia ocupado funções de auxiliar de escritório e datilografa. Em uma delas, havia se negado assumir o posto de encarregada de serviço porque as pessoas a quem deveria supervisionar eram elementos de difícil convivência e ela não estava disposta a ter problemas pessoais com colegas de trabalhoPreferia tocar atividades rotineiras, pois no trabalho os problemas a resolver eram simples e não exigiam muito esforço intelectual. No momento, sentia que não tinha jeito nem motivação para o cargo de líder, que seus subordinados não a respeitavam e não a obedeciam de bom grado. A história da funcionária leva a pressupor uma dificuldade pessoal em assumir atividades de chefia. Trata-se de um tipo de pessoa que passará toda a sua vida assumindo a posição de subordinada e executando ordens.

 
Questões relativas ao caso:

 
1) Por que é tão importante classificar um trabalhador quanto a sua personalidade?

 

Porque a personalidade de um indivíduo afeta suas reações e as interações dele com outros e com o ambiente de trabalho.

 

2) No caso em tela qual a característica individual e a atividade mais indicada para Marina, segundo a tipologia de personalidade de John Holland?

 

No caso em tela, Marina é do tipo convencional, tendo como características individuais a eficiência (em seu trabalho rotineiro e sem esforço intelectual) e a inflexibilidade (não conseguindo assumir maiores responsabilidades, liderando pessoas e resolvendo problemas mais difíceis). Assim, a atividade indicada é uma atividade profissional normatizada, ordenada e sem ambiguidades.

 

 

3) A prévia analise da personalidade de Marina antes que qualquer medida a respeito fosse tomada, poderia evitar o resultado negativo da sua promoção?

Sim, a prévia análise da personalidade de Marina, antes que qualquer medida a respeito fosse tomada, poderia evitar o resultado negativo da sua promoção, pois se saberia que, provavelmente, ela não conseguiria lidar com todas as atividades da nova função. Logo de início, ao ser comunicada sobre a promoção, Marina mostrou significativa insegurança diante das novas responsabilidades. Isso deveria ter sido levado em consideração. Mas, além disso, a análise prévia de Marina poderia ter identificado que ela prefere trabalhos que não exijam liderança, tampouco tomada de decisões que envolvam o grupo e/ou a empresa em sentido mais amplo, bem como que sejam simples e não exijam esforço intelectual.

 

4) Você entende que no caso de Marina, o seu desempenho e a insatisfação no trabalho podem ter sido influenciados pelas suas reações emocionais?

Sim, tanto o desempenho quanto a satisfação no trabalho são influenciados pelas reações emocionais dos trabalhadores. Assim, no caso de Marina, o seu desempenho e a insatisfação no trabalho foram influenciados por suas reações emocionais que, no caso, foram negativas. Se o funcionário não está com boa reação emocional, não conseguirá realizar um bom trabalho, com produtividade em quantidade e qualidade altas. No caso, Marina estava recebendo muitas reclamações de seus subordinados, porque não tinha habilidade com o trato pessoal o que, com muita probabilidade, causou problemas no trabalho, porque os subordinados também ficaram insatisfeitos, o que afetou o trabalho deles também. Isso ocasionou atraso e queda de qualidade no trabalho do setor todo em geral. Tal situação atingiu outros setores dependentes do trabalho deste setor dirigido por Marina, que também reclamaram, deixando Marina ainda mais desmotivada e piorando sua forma de tratar com as pessoas. Essas foram, portanto, algumas das reações emocionais que podem ser citadas no caso, que influenciaram o trabalho.

 

 

 

 

 

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